quinta-feira, 16 de setembro de 2010

1914-1929 La garçonne e a nova simplicidade

Com a chegada do novo século, a guerra, a tecnologia veio também as mudanças no vestuário.
A necesidade fez as mulheres irem em busca de trabalho, e para isso tiveram que se adaptar a roupas mais confortaveis.  E no meio desse caos, a industria procurou se manter. Festas foram organizadas, as revistas continuavam a falar sobre moda sem mencionar a Guerra. Com o tempo, que comecou a ser introduzido elementos da guerra nas vestimentas, tal como a cor. A mudança mais significatvia desse periodo foi o abandono de saias-funil para modelos largos e o tamanho da bainha, que subiu pra acima do tornozelo.

Nesta realidade despontou Gabrielle Chanel, que começou fazendo chapeus, e logo introduziu ao guarda roupa feminino, elementos do masculino, da guerra e roupas mais informais e esportivas. Tava consolidado o sucesso de Chanel.
O trabalho pesado nas fabricas fizeram com que as mulheres também adequassem seu vesturario. A roupa de baixo teve sua adaptaçao também. Os espartilhos continuaram, mas com outra funçao, que era de sustento do corpo, nao de molde. A Primeira Guerra também abriu caminho para os EUA desenvolverem na industria de Moda, sem depender de Paris, chegando ao ponto da mesma temer este desenvolvimento e acusar os EUA de se aproveitar da situaçao.
E no pós-guerra, Paris voltou a sua força, graças ao impulso nas vendas de vestidos de casamento. Logo, no ano de 1920, com sucesso foi lançada a revista VOGUE PARIS. Graças a isso, a Industria de moda pode se sustentar novamente, e voltando a sua hegemonia. Chanel, sempre inovando, foi a primeira a criar um perfume que levava seu nome, o Chanel nº 5, sucesso de vendas da empresa até os dias de hoje.


Na decada de 1920, a moda teve duas linhas: o tradicionalmente feminino e o moderno. Do lado do Romantismo:Lucile, Paquin, Callot Soeurs, Martial et Aris, Tappé e principalmente, Jean Lanvin. As roupas, sonhadoras, abusavam de cores pastéis, rendas, fitas e flores. Do outro lado, influenciado pela escandalosa obra de Victor Margueritte, La  garçonne, em 1922, gerou uma mudança de comportamento e a consciencia das mulheres lutarem por direitos iguais. O visual garçonne, teve seu apogeu em 1926, caracterizado pela androgenia nos penteados, o rosto maquiado, era um estilo jovial, meio moleque e simples. O corte reto passou a dominar, tanto noite ou dia. E nisso, a bainha ainda sofria a indecisao, enquanto Chanel e Patou as queriam menores, outros votam em um comprimento maior.

Os sapatos eram de couro durante o dia e bordados, enfeitados para a noite. Comuns, eram os escarpins com salto cubando e com tiras cruzadas ou feixe em T. As estamapas tinham influencias de culturas externas, como motivos folcoricos eslavos, russos, e depois, com a abertura do tumulo de Tutancâmon, egipcios. A variedade era bem grande. Xales, bolsas, e sapatos combinando para noite passou a ser constantes.

foto de Baron de Meyer
A evoluçao da indumentária, trouxe avanços como a criaçao do ziper e o sutia. Quanto as joiás, elas foram substituidos por pedras falsas, que as vezes até desafiavam a natureza, e Chanel, principal adepta falava que as joiás nao deveriam ser usadas como enfeite, nao ostentaçao de riqueza. A fotografia preta & branco deu lugar as ilustraçoes nas revistas, destacando se Baron de Meyer, Edward Steichen, Man Ray e Cecil Beaton.
A descoberta que o sol fazia bem pra saude, fez muitos sairem de casa e irem em busca de esportes, uma vida mais saudavel. Nisto, nasce o mercado de roupas esportivas, que se tornou um grande sucesso, teve roupas para esqui, nataçao, tenis, e os biquinis, mudaram sua forma. E as mulheres passaram a adaptar elementos das roupas esportivas masculinas também, e o uso de calças foram sendo levemente introduzidos nas roupas. Londres, liderou no mercado de roupas masculina, com ternos sob medidas, e calças extremamente largas, as "Oxford Bags", se tornando sucesso mundial. Os homens, insatisfeitos com os vestuarios, passaram a exigir roupas que ofeceressem "estética, conveniência e higiene".

Em 1926, foi o lançamento do legendário, Pretinho basico da Chanel. Ela dizia que o negro era uma cor que deveria ser explorada pela sua capacidade de "cair bem"  e sua elegância. Em 1927, as bainhas se tornaram desiguais, sendo mais longa nas costas. O sucesso dessas tendências, trouxeram também, um forte desejo de reproduçao dos modelos, sendo o começo do mercado de cópia.O estilo garçonne era um dos mais faceis de reproduzir, devido a sua simplicidade e seu corte reto.
E graças a queda da bolsa, em 1929, a moda, novamente teve que se adaptar e colocar o fim nos "Loucos anos 29"


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