segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Histórias da Moda - Grumbach, Didier.

O texto de Grumbach nos mostra um pouco mais da história da moda, no título: As origens da costura é ressaltado o status das costureiras e suas funções, os alfaiates e sua "superioridade" frente às mulheres.
Após perseguições e proibições, somente com o rei Luís XIV, em 1615 é que as costureiras são reconhecidas no então "mercado", ganham seu espaço, influenciam diretamente na moda e se tornam notáveis para a sociedade.

• Observa-se essa introdução feminina na moda nos livros ou filmes de Maria Antonieta, considerada por muitos "Imperatriz da Moda", com o auxilio de Rose Bertin "Ministra da Moda" ela introduz características austríacas na Inglaterra.

Em séculos anteriores as mudanças na moda eram extremamente lentas, novas tendências eram introduzidas por estrangeiros, os tecidos eram classificados segundo as estações do ano, diferenciava-se o status da sociedade de acordo com aquilo que vestiam. Hoje as mudanças são extremamente rápidas, vivemos num mundo onde tudo corre, muda e se renova, as “leis santuárias” não são tão severas, há sim restrições quanto ao uso de um traje em determinado lugar, mas, nas ruas as pessoas são livres para usarem aquilo que querem.

Sobre Charles Frederic Worth:

No século XIX ele introduz renovações significantes, revoluciona o corte de suas roupas, usa tecidos sóbrios e pouco enfeitados, cria modelos simples. Perfeccionista ao extremo, inova com o modo de apresentar sua obra aos seus clientes, usa sósias das futuras donas dos vestidos e luzes iguais aquelas dos bailes. “Referências tiradas da página 18 do livro Histórias da Moda, Didier Grumbach.”
Nota-se que Worth introduz um antepassado do nosso atual Desfile de Coleções, onde utilizamos modelos, luz, ambientação e tudo mais que possa engrandecer uma coleção de moda.


Sobre Charles Poynter Redfern:

È importante ressaltar que Redfern atuava em dois segmentos distintos, o primeiro: alfaiataria masculina, onde introduziu o “tailleur” sob medida e foi percussor do ”sobretudo”, o segundo segmento: apesar de sua sobriedade na alfaiataria ele expandi sua criatividade no teatro, onde é reconhecido pelos seus grandiosos figurinos.


Sobre Jacques Doucet:

Ainda utilizando como referência o livro de Grumbach, vemos que Doucet é considerado o primeiro costureiro culto, isso se deve ao círculo de amizades em que se inseria - Degas, Monet e outros impressionistas -, além de ser apaixonado pelo Século das Luzes, a arte influenciavam diretamente em suas criações.

 Sobre Paul Poiret:








Paul Poiret modificou as regras da alta costura, dividindo a produção em pequenas etapas realizadas por pessoas especializadas ( trabalho em séries), além disso expandiu sua marca colocando a moda em todos os setores de luxo : ele cria linha de perfumes, escola de artes ...)






Costura, Confecção e Alta-costura:

A relação da costura e da confecção no século XIX dá-se devido a semelhança de produtos concebidos, a confecção depende da costura, mas a costura em si não depende da confecção pois seu público alvo não é o mesmo. A confecção promove a inclusão de vestuário que até então eram exclusivos da elite.
Já a alta-costura enfatiza o luxo, a exclusividade e exige do seu criador muita exatidão e criatividade.


Laddy-Gondon causou impacto no mundo da moda, criou um espetáculo na época que de tão grande repercussão se prolongou durante anos e se transformou na grandiosa Semana de Moda de Paris, que determina a tendência no resto do mundo. E assim, como no início do século XX, compradores, jornalistas, design e pessoas voltadas para a moda necessitam ir a Paris celebrar a “Indústria da Moda”.


A Guerra e sua influência na alta-costura:

As maison foram obrigadas a fecharem suas portas e pararem de funcionar, aos poucos no fim das guerras, foram liberadas algumas licenças para as "casas" voltarem a funcionar, mas sob várias condições, uma delas foi a diferenciação da alta-costura das demais. A "casa" deveria ter uma costureira reconhecida ( a mente criativa por trás da marca) e as peças adquiriram caráter exclusivo que não poderia ser reproduzido por outras empresas.

A moda não ficou de fora da repreensão e dificuldades que uma Guerra trás, mas assim como os outros setores, ela consegue juntar forças e se reerguer, alguns acham até que cada vez melhor.

sábado, 21 de agosto de 2010

E ai galera?!
Hoje vamos falar sobre a heterogênia da sociedade. A diversidade esta em tudo, nos rostos, nas falas, ritmo de andar, de corpos e de roupas. Essas diferenças variam devido o tipo de vida, de nível social, de profissão. Mas a diferença maior é entre os sexos, e ela não esta só no biológico mas também no comportamento, costumes e roupas. Essa distinção entre os sexos vem desde a sociedade primitiva, contudo ao longo dos anos ela passa a ser menos extrema. A mulher passa a se manifestar dentro do grupo masculino (que seria o mundo fora de casa); Devido às guerras mundiais, como os homens saiam para o confronto armado, as mulheres ficavam no comando da casa, e até mesmo da sociedade, saindo do seu papel de dona de casa. Essa nova divisão afetou toda a estrutura social, a divisão do trabalho, nos costumes, na moral e na vestimenta. Mas ainda é fácil diferenciar esses dois grupos.
A teoria de Thomas separa as diferenças facilmente:
Moral Masculina: um código de honra originados nos contatos da vida publica
Moral Feminina: relacionada com a pessoa, e os hábitos do corpo ditado por um único objetivo: agradar os homens.
A vestimenta demonstra a diferença que veio diminuindo durante os séculos. No século XIX os homens se diferenciavam quanto à forma: a masculina evoluiu na sua trajetória um “oblongo em pé” é sólido dos ombros aos tornozelos, em forma de H. e as mulheres com mangas bufantes, uma cintura super marcadas, e grandes saias, formam um X. Contudo era o mesmo espírito: muitas rendas, veludos, brocad
os, todo muito requintado. Ainda no século XIX, a vestimenta do homem deixa de lado a sedução, isso vem marcado pelas cores e tecidos mais simplificados.
Nos dias de hoje, as formas são menos exageradas, a simplicidade e o conforto são as palavras chaves da moda nos tempos modernos. As diferenças entre as roupas masculinas e as femininas são menores, e a modernidade deu espaço as roupas unissex, que no caso são: a calça saruel, a boyfriend, os blazers, os regatões entre outras como mostradas nas fotos; A humanidade caminha para um sociedade mais homogenia, a mulher vem ganhando seu espaço na sociedade do homem, começa a ter os mesmos trabalhos, e vida, e o homem entra no espaço feminino, com maior participação em casa, são mais vaidosos, usam cosméticos entre outras coisas.
É isso! Não é a toa que nos denominamos de sexo oposto! Isso até daqui uns anos.



































COMENTARIO SOBRE O VIDEO DA AULA DE 19/08:
Como já tínhamos comentado na aula passada. A moda é arte? Como poderia se tornar uma? Há criticas nesse meio?
O filosofo, Lars Svendsen deu uma palestra em que abria os olhos da sociedade da moda. Ele disse que a moda só poderia ser realmente reconhecida quando deixasse de ser uma commodity: então precisa de crítica para se tornar uma arte séria.
Os próprios críticos de moda não dão suas opiniões negativas devido aos interesses, e suas opiniões são uma jogada de marketing.
A moda como arte não deveria pensar nos clientes, mas sim no próprio manifesto de sua obra, ela passaria a não ser mais capitalista. Sem jogos de compra e venda, seria simplesmente um objeto de admiração.
Ele ressalta várias vezes como é importante a crítica para evolução de um estilista, que só existe evolução com a crítica, e da exemplos do que ela precisaria para se uma teórica de crítica:
Descrição: materiais, cores, como esses aspectos beneficiam ou prejudicam a visualidade da roupa.
Interpretação: como é o movimento, o que ele quis passar com esse “objeto”.
Comparação: com o resto da coleção, houve harmonia? De onde vêm os elementos da roupa?
Contextualização: No contexto geral do que foi apresentada, esta tudo de acordo?
Vou deixar aqui uma frase que ele disse que conclui meu raciocino:
“Num mundo onde não há crítica, o elogio não tem significado!”

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Primeiro round

Neste primeiro round  concerteza, todos que estavam presentes ,na ultima noite 12 ,foram ganhadores...

Discutir temas relacionados à cultura é garantia de um bom debate , principalmente por se tratar de uma turma de muitas mulheres e o Pedro ,na área de humanas e para ser bem específica ,alunos de design de moda .
O foco da temática era sem dúvida , moda, mas perceber a relação da mesma com outras formas de arte gerou uma duvida quase que geral .
Afinal há uma relação entre moda e arquitetura ou pintura, mas até em que ponto uma é a influência ou é influênciável ?
Toda essa angústia foi dissolvida , com o texto de MELLO E SOUZA,Gilda de .O espírito das roupas:a moda no século dezenove (introdução; A moda como Arte ,páginas 19 a 51)e com as palavras que não calaram durante a aula da última quinta .
A arquitetura é uma arte que influencia a moda ,com suas representações de formas e cores (o que me recorda o movimento gótico que trouxe para a moda a ongiva e o sapato pontiagudo ou o barroco transferindo para o vestuário a exautação dos detalhes e excessos de cores ,volumes e luxo) assim como a pintura se faz perante a moda e vice-versa .
Toda essa influência de uma arte sobre outra nos mostra a importância e necessidade, criada no ciclo da arte ,em que uma complementa aquela que abre espaços para a reinvenção .
A conclusão que chegamos até o momento de digitar este texto,que apartir de então será considerado um ritual e um exercício de fixação e por sinal muito extimulante ,é que ,o interessante e vicioso da moda é o seu valor quanto movimento de arte que se faz intrínseco na sociedade e por muitas vezes ,se mostra invisível assim como a necessidade agregada a esse material técnico ,mutável e componente de uma futura identidade destinada a vestimenta .
Vestimenta que para alguns aparenta algo  tão singelo, no entanto, muito bem executado por todos que compõe essa cadeia de elementos ,que talvez o seu topo assim como na cadeia alimentar tenha o ser humano como ocupante,tentando satisfaze-lô o desejo e transferindo valores emocionais a cada outono-inverno ou primavera-verao.