segunda-feira, 1 de novembro de 2010

EXPLOSÃO: 1960 A DÉCADA DE NOVIDADES E INOVAÇÕES

Pós IIGM a Europa se reconstrói, os filhos do chamado "baby boom" crescem, e esses adolescentes ganham espaço, surge à sociedade descartável e consumista. Twiggy, minissaia, liberação feminina, pílulas anticoncepcionais, o Rock’n Roll, LSD e psicodelia... Alguma das coisas que remetem aos anos 60! 

Era o fim da moda única, a moda passa ser estabelecida por um grupo de estilistas em Londres, não mais em Paris. É vez de várias propostas e a forma de se vestir se tornava cada vez mais ligada ao comportamento, a moda se concentra no jovem da rua.

 A ameaça à Paris só foi amenizada pelo rápido desenvolvimento do prêt-à-porter, e pelo futurismo incrementado nas criações de : Pierre Cardin, André Courréges, Emanuel Ungaro e Yves Saint Laurent.

 
 No filme “Quem é você, Polly Magôo?” de 1966, os estilistas Courrèges e Paco Rabanne (que acompanharam a onda futurista) são claramente satirizados, quando aparece um desfile de “trajes futuristas” em metal prateado, que feria as modelos.


Na França, André Courrèges operou uma verdadeira revolução na moda, com sua coleção de roupas de linhas retas, minissaias, botas brancas e sua visão de futuro, em suas "moon girls", de roupas espaciais, metálicas e fluorescentes. Enquanto isso, Saint Laurent criou vestidos tubinho inspirados nos quadros neoplasticistas de Mondrian e o italiano Pucci virou mania com suas estampas psicodélicas. Paco Rabanne, em meio às suas experimentações, usou alumínio como matéria-prima.Os tecidos apresentavam muita variedade, tanto nas estampas quanto nas fibras, com a popularização dos sintéticos no mercado.
As mudanças no vestuário também alcançaram a lingerie, com a generalização do uso da calcinha e da meia-calça, que dava conforto e segurança, tanto para usar a minissaia, quanto para dançar o twist e o rock.
A minissaia foi sem dúvida o ponto mais marcante das mudanças!



A maquiagem era essencial e feita especialmente para o público jovem. O foco estava nos olhos, sempre muito marcados. Os batons eram clarinhos ou mesmo brancos e os produtos preferidos deviam ser práticos e fáceis de usar.
As perucas também estavam na moda e nunca venderam tanto. Mais baratas e em diversas tonalidades e modelos, elas eram produzidas com uma nova fibra sintética, o kanekalon.





A alta-costura cada vez mais perdia terreno, entre 1966 e 1967, o número de maisons dos costureiros parisienses caiu de 39 para 17. Saint Laurent saiu na frente e inaugurou uma nova estrutura com as butiques de prêt-à-porter de luxo, que se multiplicariam pelo mundo também através das franquias.
Com isso, a confecção ganhava cada vez mais terreno e necessitava de criatividade para suprir o desejo por novidades. O importante passaria a ser o estilo e o costureiro passou a ser chamado de estilista.

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